sábado, 26 de abril de 2014

Periodização da civilização Egípcia antiga
Vinicius13:47 0 comentários




Civilização Egípcia
Estudar o Egito antigo requer certa calma, pois entender as várias transformações ocorridas durante 31 dinastias, fora os 3 períodos intermediários, períodos pré e pós dinásticos enfim uma série de acontecimentos, hora isolados, hora atrelados a outros que fazem da civilização egípcia uma das mais fascinantes da história da vida do homem sobre a terra.
Períodos da civilização egípcia:
·         Pré dinástico.
·         Período Protodinástico.
·         Época Tinita.
·         Antigo Império.
·         1º Período Intermediário.
·         Médio Império.
·         2º Período Intermediário.
·         Novo Império.
·         3º Período Intermediário.
·         Época Baixa.
·         Período Greco Romano.
·         Período Romano.
- Período Pré Dinástico

Anterior a 3100 a.C. período compreendido entre o neolítico antigo e o início da monarquia faraônica. É nessa época em que os primeiros nomos irão surgir e também irão evoluir de maneira gradativa sua agricultura, artesanato e até o comércio.
            Algumas culturas irão se destacar nesse período como, por exemplo, no Baixo Egito as culturas El-Omari e Merimde, e no Alto Egito as culturas Tasiana, Tarifiana, Badariana.

- Período Protodinástico

Vai dos anos de 3200-3000 a.C., passa por um contínuo processo de unificação política que acabou formando um Estado egípcio único. Começam a existir os primeiros hieróglifos, cemitérios reais e a irrigação. Muitas áreas do delta do Nilo já haviam se desenvolvido de maneira imponente e se dedicavam exclusivamente ao comércio com o Oriente Próximo através do Mar Mediterrâneo.
            Não se sabe ao certo como se deu a total unificação egípcia do Alto e do Baixo Egito, sendo que algumas possibilidades podem servir de justificativa para tal acontecimento, como por exemplo, a formação da cidade de Mênfis, dominação de outros povos, comércio e pressões populares.

- Época Tinita

Um período que compreende a primeira e a segunda dinastias, sendo datadas de 3100-2700 a.C.
            Antes do processo total de unificação existiam vilarejos independentes, nomos, que após se tornarem um único Estado, o rei estabelecia uma administração nacional e apontavam os governadores, os quais comandavam os nomos e eram chamados de nomarcas.

- Antigo Império

Período em que a terceira, quarta, quinta e sexta dinastias se desenvolve, datado de 3200-2300, iniciou-se com a unificação dos dois reinos através da política de Menés, também chamada de dinastia teocrática, devido o faraó ser considerado uma divindade, tinha uma política muito centralizada. Por outro lado foi nesse período em que os egípcios desenvolveram mais ainda a irrigação e a agricultura. Nesse período o estado egípcio era pacifista e isolado dos outros povos.
            Com o passar de alguns anos povos nômades do deserto passaram a ocupar as regiões próximas aos grandes centros egípcios, como o faraó tinha muitos problemas com os religiosos, os mesmos passaram a permitir cada vez mais a aproximação desses povos para o centro do Egito. A partir dessas querelas religiosas e lutas políticas e sociais a estabilidade do Egito foi enfraquecida, em contra partida o poder dos nobres ou nomarcas fez com que o poder do Antigo Império fosse cada vez mais descentralizado e enfraquecido.
            Durante o auge do Antigo Império os faraós financiaram uma boa vida aos escribas e oficiais letrados dada a importância dessas pessoas, porém cinco séculos de financiamento com as mais variadas formas de pagamento, e mais um período de longa estiagem ajudaram também a diminuir o poder do faraó e a ascensão dos nomarcas causaram muitos conflitos dentro do Antigo Império dando início a um período chamado de 1º período intermediário.

- Primeiro Período Intermediário

Período em que a sétima, oitava, nona, décima e décima primeira dinastias se desenvolveram, mesmo com o governo sendo exercido por mais de uma dinastia. Nesses períodos estão ocorrendo várias transformações políticas e econômicas no Egito que modificam a estrutura dentro desse território, um exemplo é o fortalecimento dos nomarcas que se intitulavam reis, sétima e oitava dinastias, e suas províncias ganhava destaque e fizeram com o Egito ficasse dividido em três: Delta, o Médio Egito e Alto Egito. Mas mesmo com essa divisão era do interesse dos nomarcas e reis manterem o Baixo Egito unificado.
            Nesse período os reis tinham a fama de serem muito cruéis, principalmente na nona e décima dinastias, porém essas atitudes fizeram com que o Egito ganhasse fortes para a defesa e os Líbios e outros povos foram expulsos por terem entrado no Egito e formado uma população excedente e que não era do interesse dos reis que esses povos permanecessem naquele lugar.
            Nesse período surge uma guerra civil dentro do Egito por conta das terras que foram divididas de acordo com o interesse dos reis, por conta dessa guerra civil esse período de conflitos é considerado período de anarquia, e também é mais uma prova da falta de centralização do poder no Egito.
            Também é relevante comentar uma mudança de comportamento do ponto de vista dos sepultamentos, pois antes desse período apenas os faraós podiam passar para outra vida com os rituais adequados. Após esses acontecimentos outras camadas passaram a ter esse direito, como nobres e oficiais.
            Após vários acontecimentos marcantes a décima primeira dinastia ganha força e surge em Tebas, e é essa dinastia que vai dar início ao processo de reunificação do Egito e marca o início do Médio Império.

- Médio Império

Declínio da décima primeira dinastia e ascensão da décima segunda, período em que a prosperidade volta ao Egito graças ao faraó que volta a ser figura central na política.
            Uma das modificações importantes é a mudança da capital que sai de Tebas para Itjtawy em Faium, de onde os faraós da décima segunda dinastia se comprometem a recuperar áreas de plantio que estão degradas, e os sistemas de irrigação.
            No Médio Império surge uma nova forma de democratização da vida no além, com a ideia de que todas as pessoas possuem alma e tem direito rituais sagrados e de passagem, e que podem ser recebidas na companhia dos deuses.
            Outra característica importante é o surgimento da figura do co-faraó, uma espécie de cargo hereditário que garantia ao filho do faraó assumir o lugar do pai com sua morte. Amemnehat III foi o último faraó da décima segunda dinastia e chegou ao poder dessa forma como co-faraó. O mesmo permitiu a entrada dos asiáticos n região do delta para que os mesmos servissem de mão de obra para as obras públicas e expedições militares, porém esse excedente populacional combinado com cheias irregulares do Nilo enfraqueceu sua política e o Egito entra no segundo período intermediário. Durante esse declínio os colonos asiáticos que já estavam no Egito começam assumir o poder, como foi no caso dos Hicsos.

- Segundo Período Intermediário

Se estende dos anos de 1780-1570 a.C., marca o domínio da décima terceira, décima quarta, décima quinta, décima sexta e décima sétima dinastias e marca o domínio dos Hicsos sobre os egípcios por conta das técnicas de combate que o povo do Egito desconhecia montaria e carros de combate. Essa dominação se deu inicialmente o lado oriental do Nilo, porém com o passar dos anos passaram a ocupar o delta e o Alto Egito, tudo isso após a fundação da cidade de Aváris.
            Amósis foi o responsável por ressurgir com a expansão egípcia, que vai fazer aparecer o Novo Império, expulsando os Hicsos.

- Novo Império

Aproximadamente de 1550-1259 a.C., marca o domínio da décima oitava, décima nona e vigésima dinastias. Período marcado pela volta da prosperidade egípcia e expulsão dos hicsos, reforço das fronteiras e formação de novos laços diplomáticos feitos com povos vizinhos. Porém a partir de 1350 o novo império vai perdendo instabilidade no governo de Amenófis IV. Esse período é marcado por conflitos devido esse faraó promover uma série de reformas radicais na religião, agricultura e relações externas.
            Como o Egito ainda prospera nessa época chama a atenção dos líbios e os chamados povos do mar, os quais se uniram para atacar o Egito. Esses povos foram derrotados e expulsos do Egito por Ramsés III, porém seus sucessores não tiveram o mesmo êxito. Após uma série de golpes de estado promovido por escribas e sacerdotes, e outros problemas internos o Novo Império se enfraqueceu dando início ao terceiro período intermediário com muita presença estrangeira.

- Terceiro Período Intermediário

Entre os anos de 1077-664 a.C., tem a presença das vigésima primeira, vigésima segunda, vigésima terceira, vigésima quarta e vigésima quinta dinastias. Período que marca uma total fragmentação política, forte dominação dos líbios e núbios.
            Por volta de 727 a.C., o prestígio do Egito diminuiu consideravelmente, seus aliados ficaram sob domínio dos assírios e em 700 a.C. acontece uma guerra na qual os assírios são derrotados e expulsos dando início a chamada época baixa.

- Época Baixa

Também conhecido como período tardio, tem a presença da vigésima sexta, vigésima sétima, vigésima oitava, vigésima nona, trigésima e trigésima primeira dinastias, entre os anos de 672-525 a.C., tem uma forte ocupação dos assírios dentro do Egito, mas sem o interesse de planos de ocupação. Essas áreas são dadas a uma espécie de vassalos chamados de reis saite.
            Após alguns acontecimentos internos e novos combates com outros povos o Egito foi finalmente dominado por Alexandre, o grande em 332 a.C. dando início ao período Greco-romano.

- Período Greco-romano

Se estende de 305-30 a.C. quando o Egito passa a ser província de Roma.
            Nessa época o Egito foi dividido em duas partes: dinastia macedônica e dinastia ptolomaica.

DINASTIA MACEDÔNICA: Durante a breve estada de Alexandre no Egito, ele estabeleceu o plano de construção da cidade de Alexandria e ofereceu sacrifício aos deuses egípcios.

DINASTIA PTOLOMAICA: Período da morte de Alexandre e ascensão do império romano e quando a cultura grega também ganha força.

- Período romano

Com a morte de Alexandre e o fim da dinastia ptolomaica o Egito acaba caindo no domínio romano, porém o mesmo não poderia estar no território nesse caso, então, delega poderes administrativos, jurídicos e militares ao prefeito de ordem eqüestre. O nomos ainda era a forma de governo habitual do Egito, as terras reais, sagradas e privadas pertenciam ao imperador.

            Os impostos eram cobrados de maneira exagerada que até os animais pagavam, o que provocou mais uma revolta dentro dessa civilização e que acabou por terminar com períodos importantes nessa civilização.

Por Alacy Junior
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