Você
já ouviu falar na Arcádia, região localizada no centro do Peloponeso grego, na
qual a literatura árcade aponta como uma terra fértil, habitada por pastores e
donzelas, cheia de músicas e poesias, e onde o amor tomava conta das
preocupações dos que lá viviam? Pois saiba amigo leitor, que é provável que essa
região de fato nunca tenha correspondido à idílica terra literária.
A
Arcádia real é uma zona acidentada, pouco fértil e repleta de montanhas ao seu
redor. Nos séculos XVIII e XIX formulou-se uma teoria de que possivelmente a
região tivesse se degradado com o tempo. Porém de acordo com a professora
adjunta do departamento de estudos clássicos da universidade de Michigan, Susan
E. Alcock, por mais tentadora que essa teoria da degradação nos possa parecer,
“não há motivo para crer que a esse declínio catastrófico tenha ocorrido, nem
que a paisagem rural da antiga Grécia fosse significativamente diferente do que
vemos nos dias de hoje[1]”. E provável que os
habitantes da antiga Arcádia tenham sofrido com os mesmos problemas climáticos
e ambientais do antigo mundo Grego e que a Arcádia descrita na literatura tenha
sido só uma região imaginária.
[1] AlCOCK, Susan E. O meio ambiente. In:
CARTLEDGE, Paul (org). História ilustrada Grécia antiga. São Paulo: Ediouro,
2009, P. 72-73.
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Referência
AlCOCK, Susan E. O meio ambiente. In: CARTLEDGE, Paul (org). História ilustrada Grécia antiga. São Paulo: Ediouro, 2009, P. 50-73.
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