Até
hoje a civilização Maia desperta fascínio em muitos estudiosos, já que
alcançaram feitos extraordinários para a época. A escrita maia se caracterizou
por ser muito complexa, não tendo nenhum contato com escritas de outros povos, por
isso a grande dificuldade de se entender essa sociedade. Quando os espanhóis
chegaram, no século XV, a civilização Maia já estava em declínio, sendo preciso
esperar o século XIX para saber um pouco mais desta civilização com a ajuda de estudiosos
de diversas áreas.
Conhecimento astronômico e matemático
Os
Maias desenvolveram grandes conhecimentos matemáticos, no qual descobriram e
usaram a noção do zero em seus cálculos. Isso lhes permitiu elaborar
calendários extremamente complexos e uma grandiosa engenharia, usando medidas
precisas para a construção de suas pirâmides.
A
sociedade Maia tinha grande interesse pela movimentação dos corpos celestes. Eram
conhecedores de eclipses solares, movimento dos planetas, e conseguiram
encontrar a rotação do planeta Vênus com uma margem de erro de apenas 14
segundos. Os Maias conseguiram elaborar alguns calendários através da
observação astronômica (dos planetas). Os calendários Maias mais importantes eram: um ritual (Tzolkin)
de 260 dias e um civil (Haab)
de 360. Eles formavam a famosa roda
calendárica. Estes calendários se encontravam em um ciclo de 52 anos.
A
concepção de tempo dos Maias era diferente do que se tem hoje. Eles não
cultivavam uma ideia linear de tempo, portanto não podiam acreditar que, em um determinado ponto da reta, aconteceria uma espécie
de apocalipse. Alguns analistas acreditam,
portanto, que o final do calendário Maia, possivelmente em 2012, seja o início
de um novo ciclo para esta sociedade.
Calendário Maia
Arte
e arquitetura maia
A
arte Maia tinha grande importância na preservação das tradições religiosas, pois,
ao mesmo tempo em que contava e reproduzia as tradições de seus deuses, esta
arte também trazia relatos da questão política da civilização. Os murais, as
esculturas e as pinturas relatavam a importância das dinastias dos antepassados
para as futuras gerações.
Em
diversas cidades maias encontramos grandes construções produzidas por esse
povo, além de avenidas calçadas, templos e palácios que demonstram grande
riqueza do traçado arquitetônico desta
civilização.
Religião maia
A religião tinha como característica a
crença em vários deuses que poderiam ser tanto masculinos como femininos. Em
meio a essas várias divindades, um dos principais era Itzamna, deus criador,
deus dos céus, do dia e da noite. Nas cidades maias eram construídos templos de
adoração onde ocorriam grandes celebrações públicas que marcavam diferentes
épocas do calendário Maia.
Os
principais deuses mais eram:
Itzamna:
deus criador.
Hunab kei:
deus celeste.
Ahui:
deus do sol.
Chaac:
deus da chuva.
Ah puch cenote:
deus do submundo.
Ixchel:
deusa da lua.
Escultura Maia do século 8. Representação do Deus Itzamna
Apesar
do sacrifício humano fazer parte dos rituais religiosos do povo Maia, devemos
entender que as pessoas não eram sacrificadas aleatoriamente, já que muitos
sacrificados eram prisioneiros de guerra ou escravos. Esse ritual poderia ser
por agradecimento, como em caso de uma boa colheita ou para acalmar os deuses,
pois os Maias acreditam que os deuses poderiam castigá-los, a exemplo de uma
colheita insuficiente.
Referências
GENDROP, Paul. A civilização Maia. Rio de janeiro: Jorge Zahar. 2005(coleção as
civilizações pré-colombianas)
LEON-PORTILLA,
Miguel. A Conquista da América latina vista pelos índios: relatos Astecas,
Maias e Incas; tradução de augusto Ângelo Zanatta- Petrópolis, vozes, 1987.
Por Allan Andrade
0 comentários
Postar um comentário