quinta-feira, 6 de março de 2014

Imperialismo
Vinicius05:28 0 comentários



Europa do século XIX:
No final do século XIX, foram utilizadas novas técnicas de produção que ajudaram no aparecimento de diversas mudanças. Se antes predominavam maquinas a vapor, agora são usados os motores a combustão e motores elétricos, além do crescimento na siderurgia, no campo econômico e das comunicações. Devido a essas transformações tecnológicas, o mundo se tornava cada vez mais interligado, surgindo uma economia global única. Entretanto, as diferenças entre os países ficavam cada vez mais visíveis, já que uma grande parcela do mundo considerado ”atrasado” não partilhava dos mesmos avanços das grandes potências.
A Europa era o centro do capitalismo mundial, pois lá se localizava grandes potências como França, Inglaterra, Alemanha e Itália (esses dois últimos tinham sido recentemente unificados), além dos Estados Unidos dentro da América, e o Japão na Ásia. No entanto houve um momento em que a produção das empresas era tão grande que faltava consumidores, assim, a saída era buscar novos mercados que pudessem comprar esses produtos e fornecedores de matéria-prima.

Imperialismo:
Gigantescas empresas passaram a controlar determinados setores da economia e fizeram grandes investimentos em outros países, essa foi a fase do capitalismo monopolista. Portanto o Imperialismo acaba sendo uma característica do capitalismo monopolista, pois a busca pelo lucro a todo custo fez com que essas potências interferissem na economia das nações africanas e asiáticas, explorando seus recursos humanos e naturais.

Justificativa Ideológica (Darwinismo social):
Toda essa expansão imperialista se baseava na crença da superioridade racial, ou seja, de acordo com o Darwinismo social os europeus, por serem superiores, tinham a missão civilizadora de levar o progresso econômico e cultural para os outros povos.
Essa doutrina racista foi uma tentativa de aplicar o Darwinismo nas sociedades humanas, usando a biologia para explicar a superioridade da raça branca.

Colonialismo e neocolonialismo:
Diferente do colonialismo do século XVI, essa nova forma de exploração pretendia transformar as áreas dominadas em grandes fornecedores de matéria-prima, e ao mesmo tempo, em consumidores de seus produtos industrializados.
O colonialismo do século XVI tinha como um dos principais meios de exploração à cobrança de impostos e exclusividade do comercio, sendo apoiado pelos estados absolutistas europeus. Já o Imperialismo (também chamado de neocolonialismo) está relacionado à segunda revolução industrial e ao capitalismo financeiro e monopolista

Imperialismo na África e Ásia:
Expansão na África:
  A corrida imperialista dos países europeus acabou gerando a realização da Conferência de Berlim (1884 – 1885) que reuniu várias nações europeias mais os Estados Unidos, com o objetivo de dividir os territórios coloniais no continente africano. Portugal, Bélgica, Espanha, Itália foram alguns dos países que ficaram com uma parte da África, mas foram os franceses que ocuparam a maior parte da África Ocidental, enquanto a parte mais produtiva ficou com os ingleses.

Expansão na Ásia:
A influência dos países europeus na Ásia vem desde a época das Grandes Navegações. Entre os séculos XV e XVI, Portugal e Espanha eram as grandes potências marítimas da Europa. Os países da Europa tinham grande atração pelo continente asiático devido aos lucros que o comércio de especiarias podia gerar.
Já no final do século XIX, a busca por mais matéria prima e mercado consumidor levou as potências capitalistas a tentarem dominar vários territórios da Ásia. Além disso, para compensar o tempo perdido, os países que se unificaram tardiamente na Europa (Alemanha e Itália) procuravam dominar tanto áreas na Ásia quanto na África. Nessa época, a França se expandiu pela África e pela Ásia, os ingleses tinha controlado a Índia, Portugal tirava lucros do restante do antigo império, e a Holanda se aproveitava da antiga exploração das Índias Orientais.

Por Allan Andrade

Referência:
HOBSBAWN, Eric J. A Era dos Impérios 1875-1914. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988.
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